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Monday, July 14, 2008

Visitas ao Brasil

Quem me dera atravessar metade do mundo e voltar à terrinha para visitar amigos, família, comer de novo a comida mineira, a comida da mamãe... Mas falta grana e tempo pra isso.

Aqui em Bangalore temos uma “comunidade” de brazucas, de número razoável... Eu conheço pelo menos 12. São outros trainees, expatriados com a família toda, gente estudando aqui... Ainda tem os portugas, que compartilham muita coisa com a gente, além da língua.

Alguns são mais próximos e nos vemos todas as semanas (por isso meu português ainda não está misturado com o Inglês, como alguns esperavam), outros a gente encontra só nas festas, churrascos, etc.

Por isso o título do post: de vez em quando é possível esquecer que estamos aqui e fingir que estamos em terras brasilis! É café brasileiro, pão de queijo, brigadeiro (negrinho pra gauchada), coxinha de frango, caipirinha, churrasco (não tem picanha, então vai filet mignon). Até amigo-oculto de páscoa a gente fez, trocamos chocolate e tudo.

Como eu adoro cozinhar, como comida brasileira sempre. Frango com quiabo, muqueca baiana (só faltou do azeite de Dendê), strogonoff, feijão tropeiro, frango baiano, bobó de camarão e o popular: arroz, feijão, bife acebolado, salada e batata frita. Tem tudo que a gente precisa aqui, os indianos comem coisas parecidas, mas preparadas de uma maneira completamente diferente.

Mas nada como a comida da Dona Di (saudade mãe).

Adivinha o maior problema dos churrascos...? Quem pensou CARNE DE VACA, errou! O mais difícil é acender o carvão! Num dos primeiros que fui, demorou tanto pra acender o carvão (até gasolina o pessoal tava usando), que eu fui pra cozinha fazer alguma coisa pra aliviar a fome... Carne acebolada na chapa e feijão tropeiro – teve bom!

Depois a churrasqueira ascendeu, aí foi hora das aulas de forró e samba. Um indiano que promove festas aqui em Bangalore estava lá, se animou e quis fazer uma festa brasileira numa boate – pediu minha ajuda. Gravei um CD com musicas brasileiras, expliquei o DJ o que era cada uma e que hora tocar cada coisa e até ensinei os barmans a fazerem caipiroska (cachaça não tinha).

Tudo pronto, casa lotada – hora de começar a festa brasileira. Peguei o microfone, falei qualquer besteira e soltei um “Coisinha do Pai – Vou Festejar” tocado pelo Monobloco, em ritmo de samba enredo (valeu Elvis).

A cara de perdidos dos indianos foi o sinal. Eles dançam com as mãos, não com os pés. Resultado: o DJ voltou a tocar músicas indianas e hiphop. Eu tentei, né?


Amigo oculto de Páscoa

Kart - o guardanapo é a balaclava!

Churrasco


Esse precisou de gasolina

Forró

Rodando a francesa (na falta de baiana...)

Pão de queijo, brigadeiro e café

Basket (ronaldinho e zizinho em campo)

(English version soon... sorry!)

Thursday, June 12, 2008

Hyderabad - Cidade das Perolas

Já faz mais de um mês que fiz essa viagem, mas só agora tive cabeça pra postar... Os trainees da AIESEC que estão fazendo seu traineeship na Índia foram convidados pela Indian Business School (ISB) para ir até Hyderabad.

A ISB oferece um dos melhores MBAs da Ásia e tem o objetivo de alcançar o topo dos rankings internacionais (já é top20 no mundo). Pra isso, os caras precisam de maior diversidade de estudantes (mais estrangeiros) e então fizeram uma parceria com a AIESEC e estão oferecendo bolsas de 50% e nos pagaram pra ir até lá conhecer o programa.

Como eu queria mesmo conhecer Hyderabad, aceitei o convite e embarquei em mais uma viagem. Soube que iriam outros 3 trainees daqui de Bangalore também, mas acabei não conseguindo comprar passagem no mesmo vagão deles.

Então, estava sozinho na estação esperando o trem. Já tinha viajado de trem antes, então não foi nenhum problema. Comprei uns chips, água e um chocolate e estava pronto pra viagem. Muito cansado do trabalho, dormi logo no início e só fui acordar no outro dia em Hyderabad – ou melhor, acordava em cada estação quando entrava os vendedores de chá, café, salgadinhos, sanduíche... Os caras além de gritar, me acordavam aos cutucões pra saber se não queria mesmo comprar algo.

Chegando em Hyderabad, desci logo e fiquei esperando na saída, para ver se conseguia ver os outros 3 trainees – não é tão difícil identificar 3 estrangeiros numa multidão de indianos. Foram uns dos últimos a sair, mas encontrei o Hunny (Alemanha), o César e o Kelvin (Costa Rica) e fomos para a escola.

A escola fica numa SEZ do governo (Special Economic Zones) – são regiões em que o governo alivia nos impostos pra atrair empresas e investimentos para desenvolver a região. Assim, tem prédios moderníssimos e belíssimos da Microsoft, InfoSys, etc...

A primeira impressão foi excelente, gramados bem cuidados, jardins e prédios novos e modernos. Fomos alocados nos quartos e informados que a programação começaria depois do almoço. Então fomos conhecer um pouquinho da escola, surpreendente! Ficamos na biblioteca, que tem também um cyber-café e emprestam DVDs. Filmes excelentes, de tudo que é parte do mundo.

Durante a manhã foram chegando outros trainees e durante o almoço já éramos uns 30 de tudo quanto é parte do mundo! Um deles era o Cris, da Grécia. O cara saiu de uma ilha que tinha 1000 habitantes. Imagina o choque dele de estar na Índia! Era muito engraçado falar com ele...

Depois de comer, fomos a uma apresentação do coordenador do MBA, que nos apresentou toda a escola, o programa e como funciona a bolsa. Depois da apresentação, entramos num ônibus para começar o tour por Hyderabad.

Já era de tardinha (ônibus atrasou) e fomos até o Golkonda Fort. São as ruínas de um forte de uma antiga capital de um império mulçumano. A cidade era muito rica, graças aos diamantes encontrados nos seus arredores. Por isso, também passou por muitas batalhas, até sucumbir ao império Mogol.

Não só pelo tamanho, o que impressiona muito no forte é sua arquitetura. Estamos falando do século 14, e a arquitetura é tal que cria: um sistema de alarme, um detector de metais, iluminação e muitas armadilhas aos inimigos. Não pagamos guia (queria nos cobrar o olho da cara), mas fiquei perto de um grupo de Coreanos e fui entendendo o que o guia falava pra eles.

Ao passarmos por uma câmara, ele explicou que ali funcionava um sistema de alarme. Se você ficar bem no centro da câmara (tem uma marcação no chão e no teto) e bater palmas com força, ela pode ser ouvida em todo o forte. Claro que eu fui lá bater palmas e é mesmo incrível o eco que dá.

Mais adiante, um grande corredor de colunas grossas. Ali entendi que era o detector de metais. O posicionamento das colunas e o formato do teto é tal que a acústica é inacreditável. Um farfalhar de roupas no início do corredor é escutado no fim do mesmo, onde fica um portão para a área do imperador. Então, se um visitante estivesse carregando uma espada ou um machado por baixo da roupa, o barulho do metal seria escutado e os guardas saberiam que ele estaria armado.

A noite caiu e então começou um show dentro do forte. É uma apresentação que utiliza luzes coloridas, uma fonte de água e caixas de som espalhadas pelo forte, contando a história do lugar como um romance. Eu não gostei muito, achei Bollywoodiano demais e tinham milhares de pernilongos comendo a gente vivo. Então saímos antes do show acabar.

Voltamos para o ISB, mas antes paramos numa lojinha pra comprar bebida e encontrar outros trainees. Ficamos na grama, ouvindo música, bebendo, dançando e rindo muito. A madrugada chegou e fomos continuar a festa na piscina. Gritamos, pulamos, fizemos “briga de galo”, cantamos e fomos crianças de novo – só que um pouco embriagadas... Rs. Estava com saudade dessas farras com o pessoal da AIESEC.

No dia seguinte, os que acordaram ainda pela manhã aproveitaram pra usufruir do centro esportivo do ISB. Jogamos basquete, sinuca, nadamos e fomos almoçar. Depois do almoço, embarcamos de novo no ônibus para a segunda parte do tour por Hyderabad. Dessa vez, fomos até o lago Hussain Sagar. O lago é bem grande e em sua volta tem gramados e jardins, muita gente deitada, criançada brincando, sorveteiro, pipoqueiro. Pena que fede pra caramba!

No meio do lago tem uma estátua de Buda, em pé, sobre a pedra de Gibraltar e abençoando o Sul, para onde os budistas foram expulsos durante algum conflito no passado. Acho que foi a primeira vez que vi o Buda de pé.

De lá, fomos para Charminar. É uma mesquita bem grande, com quatro grandes torres. Foi construída depois que a capital mudou de Golkonda para Hyderabad. O bairro é totalmente mulçumano, cheio de lojinhas de ouro, temperos, caótico e com muitas mulheres de burca. Infelizmente não dá pra fotografar muito, é uma agressão. Tentei flagrar uma cena interessante, uma banca de pimentas coloridas cercadas por mulheres todas vestidas de preto. Não deu, uma delas me viu com a câmera na mão e já ficou ressabiada.

Subimos na mesquita e tivemos uma visão legal da cidade. De novo a arquitetura é toda pensada em defesa contra ataques e também na propagação do som para as orações (desculpe minha ignorância se para mulçumano não se chama orações).

Já era hora de pegar o trem de volta a Bangalore. Fiquei no meio do caminho, pedi informações na rua e cheguei com antecedência na estação de trem. Deu tempo de tirar fotos (até lembrou de looonge a Praça da Estação de BH). Dentro do trem, a versão Indiana do que a mamãe já dizia: “não aceite doces de estranhos”.

Dizia assim:
“Por favor, não aceite biscoitos/doces/bebidas/qualquer alimento, que possam conter drogas/intoxicantes maléficos, de estranhos que irão lhe deixar inconsciente e roubar seus objetos de valor.”

Vou fazer um post só com placas bizarras, tenho que tirar mais fotos.

Trem para Hyderabad
Indian Business School



Golkonda Fort

Câmara de Alarme

Buda - Hussain Sagar

Pedra de Gibraltar

Bairro Mulçumano & Charminar

Lojas e temperos

Trainees na multidão

Entrando na Mesquita - Charminar

Charminar

Visão frontal

Em uma das torres

Tava vazio...

Ornamentos

Estação Kachiguda - Hyderabad

Mamãe já dizia...

Monday, May 5, 2008

Trabalhar na Índia

Não estou na Índia a turismo, então deixa falar um pouquinho de como é meu trabalho aqui. Como havia escrito antes, estou trabalhando na Alcatel-Lucent como executivo de comunicação.

Estou gostando muito, pois o desafio é grande. O mercado de telecomunicações / networking é extremamente competitivo e cresce a passos largos na Ásia. A cada semana tem novos contratos sendo fechados envolvendo milhões ou bilhões de dólares, as empresas disputam nariz a nariz posições no mercado e a guerra por talentos e tecnologia é intensa.

Isso não fosse o suficiente, a Alcatel-Lucent é o resultado de uma fusão de gigantes (a francesa Alcatel e a americana Lucent), que se tornou a maior empresa de tecnologia de comunicação do mundo. Com a fusão de 2 gigantes, uma nova identidade corporativa foi criada, não é mais Alcatel, não é mais Lucent: é Alcatel-Lucent. Se fosse só o nome, tudo bem, mas estamos falando de toda uma nova cultura organizacional e a percepção sobre ela.

E meu trabalho está diretamente ligado a difusão dessa nova identidade, internamente a todos os empregados e externamente à mídia, aos clientes, aos futuros empregados, etc. Estou bem satisfeito porque tenho assumido responsabilidades e projetos que não imaginava ter em mãos nessa fase da minha carreira. Trabalho junto à diretoria da empresa e sou o único responsável por comunicação corporativa em Bangalore, onde se concentram a maioria dos funcionários da Índia.

Bom, ao invés de falar o que estou fazendo aqui, acho mais interessante contar a vocês algumas curiosidades do ambiente de trabalho:

Reuniões

Assim como no Brasil, se fazem muitas reuniões. Seja pra acompanhar projetos, brainstorm de idéias, apresentarem novas propostas, etc. Na reunião sempre tem alguém presidindo, com a pauta e alguém tomando notas para a minuta, bem organizadinho. Meu grande problema no início era entender o sotaque indiano, às vezes ficava muito perdido nas reuniões e jurava que não estavam falando inglês. Hoje já é tranqüilo, acompanho tudo e opino bastante – aí é a vez deles terem que se esforçar para entenderem meu sotaque.. hehe

O que eu detesto são as reuniões por telefone. Como estamos em muitas localidades na Índia e eu estou envolvido em projetos pro país inteiro, frequentemente tenho que participar de reuniões por telefone. Aí é uma zona! O sotaque piora pelo telefone, um fala em cima do outro, as vezes a pauta se perde, eu detesto!

Graças à tecnologia disponível, já participei de alguns treinamentos virtuais muito interessantes pela empresa. No último, sobre a ferramenta de análise da intranet e da internet da empresa, participaram responsáveis por comunicação do mundo todo: alemanha, rússia, espanha, franca, EUA, áfrica do sul, china, japão... e eu na Índia. Com 1 clique, estávamos todos acompanhando a tela da mulher nos EUA que estava dando o treinamento, quase sem nenhum delay.

Devido ao fuso horário, quando chegamos às 18:00, começam as ligações internacionais e as conferencias. Aí é uma bagunça de telefones ao viva-vós, cada um com um sotaque diferente e os engenheiros se amontoando nos cubículos para participar da reunião.

Ambiente

O ambiente de trabalho também lembra muito o das grandes empresas em terras brazucas. O clima é amigável, hora ou outra se escutam algumas risadas, a parada do café é rotina, todo mundo se cumprimenta com um sorriso... Cubículos separam os funcionários fisicamente, mas a comunidade é dividida por algumas “tribos”. Têm os engenheiros juniors, novinhos, sempre juntos discutindo problemas nos seus softwares, as festas do ultimo fim de semana, o campeonato de cricket. Têm as meninas do RH, sempre juntas a dar risadinhas discretas. Os engenheiros seniors, que parecem mais ocupados sempre e tem um ar de mentores de seus times de juvenis.

Aqui em Bangalore, onde se concentram a força de P&D da empresa, o clima é bem mais informal que em Gurgaon e Mumbai, onde estão a maior parte da administração. Eu estou sempre de roupa social, mas as é comum ver a galera de jeans, chinelão de dedo, e umas camisas coloridas (daquelas da década de 70).

Ritmo de trabalho

Uma coisa que havia lido durante minha preparação para a Índia era que as coisas eram mais lentas. Realmente são e isso irrita as vezes, mas aí temos um diferencial: todos acham que eu entrego tudo muito rápido no trabalho.

O que me chama mais atenção é que tudo é bem arrítmico. A gestão de tempo não é muito o forte aqui. Os processos vão se acumulando num gargalo (geralmente alguém que tem que dar o “sinal verde” para seguir adiante) e depois, quando não há mais tempo, temos que correr com tudo pra entregar no prazo. Vou dar um exemplo fictício pra esclarecer:

Digamos que a empresa quer desenvolver uma estratégia para aumentar sua visibilidade ante aos universitários e atrair talentos – prazo: 1 mês para o fim das aulas e início das férias e formaturas. Aí eu sou chamado para montar o plano de comunicação. Eu faço um brainstorm, monto um documento com minha sugestão de plano e mando pra diretoria aprovar – faço isso em 1 semana. Meu documento provavelmente vai ficar parado nas mãos de alguém, que só vai me responder com feedbacks faltando poucos dias pro início das aulas. Aí eu tenho uma semana de cão pra colocar tudo funcionando dentro do prazo. Por isso as vezes tenho semanas tranqüilas e chatas, e depois vem uma tempestade de coisas pra resolver.

Comida

Como todos os dias no “bandejão” da empresa, junto com todos os outros funcionários: gerentes, diretores, engenheiros, todo mundo. Eu como a comida do buffet, custa 35 rupias (pouco menos de 1 dolar). A comida é vegetariana, mas eu gosto. Todos os dias tem: 1 sobremesa, 1 ou 2 tipos de pão (sem fermento) arroz branco, arroz cheio de tempero, 2 ou 3 “ensopados” ( a comida indiana geralmente tem muito molho), salada de pipino, sopa e um salgadinho de arroz frito (tipo chips).

Eu como quase de tudo, mas às vezes tem surpresas ruins... Um exemplo: eu adoro batata. Quando tem ensopado de batata eu loto o prato. Outro dia coloquei um monte! Molho vermelho com pedaços de batata cozida. Na primeira garfada, descobri: era abacaxi!! Hurgh!

Muita gente traz comida de casa, vêm com as vasilhinhas tapperware e esquentam no microondas. Eu vou levar comida de vez em quando, já que sempre faço a janta em casa.

Tenho utilizado meu tempo no escritório como pesquisa também. Pra quem ainda não sabe, estou escrevendo um livro sobre como fazer negócios na Índia, espero publicar o livro assim que voltar para o Brasil, início de 2009. Lá vocês vão encontrar outras curiosidades do mundo dos negócios indiano.

(english version)

Working in India

I’m not in India as a tourist. So, let me write a little bit about my job here. As I wrote before, I’m working at Alcatel-Lucent as Communication Executive.

I’m really enjoying because the challenge is quite big. The telecommunications/networking market is extremely competitive and is growing at giant steps in Asia. Every week there is a new deal being made with millions or billions of dollars on the table. Companies compete “nose by nose” for positions in the market and the war for talents and technology is intense.

As if that was not enough challenge, Alcatel-Lucent is the result of a merger of giants (the French Alcatal and the American Lucent Technologies), becoming the largest communication technology company in the globe. With the merger of 2 giants a new corporate identity was created: is no longer Alcatel and no longer Lucent Technologies, but Alcatel-Lucent. If it was only changing names, would be all right – but we are talking about a whole new organizational culture and the perception over it.

My job is directly linked to spreading this new identity internally (to all the employees) and externally (to media, clients, future employees, etc). I’m very satisfied because I’m assuming responsibilities and projects that I could not imagine having in my hands at this point of my career. I work closely to the Leaders of the company and I’m the only person of the Corporate Communications team in Bangalore, where is concentrated the majority of the R&D employees of India.

Well, instead of just write about what I’m doing here, I think is more interesting tell you some curiosities about the work environment:

Meetings

Just like in Brazil, there are lots of meetings: to follow-up projects, brainstorm over new ideas, proposal presentations, etc. At the meeting there are always someone chairing and someone taking notes for the meeting minute; all well organized. At the beginning my biggest problem was to understand the Indian accent – sometimes I just got lost during the meetings and I could swear they were not speaking English. Now it’s ok, I can follow the whole meeting and also give my perceptions – then is their time to struggle to understand my accent. Lol.

What I really hate are the conference calls. As we are at many different locallities in India and I’m envolved in projects across the country, I have to join conference calls frequently.
Then it’s a mess! The accent is even harder to understand over the phone, everybody speaks at the same time, the topics are not followed; I hate it!

Thanks to technology available I already joined some very cool virtual trainings through the company. The last one was about the analysis tool for company’s intranet/internet sites. There were people from all over the world, responsible for communication: Germany, Russia, Spain, France, USA, South Africa, China, Japan… and me in India. By just clicking a button we were all sharing a common screen and a lady from US was teaching us how to use the tool – almost without delay.

Because of the time-zone when is 6pm in the office the international conference calls start. Then it’s a big confusion with all the phone on loud-speaker each one with an accent from somewhere in the world, engineers getting together around a computer screen and joining the meeting.

Environment

The work environment also resembles the one we find in big companies in Brazil. People are friendly, from time to time you hear some laughs, the coffee break is routine, and everybody salutes everybody with a smile… The cubicles separate the employees physically, but the community is divided by some “tribes”. In one corner you have the junior engineer: young, always together discussing problems in their softwares, the parties of last weekend and the cricket championship. In another corner you find the ladies from HR, always together and laughing with discretion. The senior engineers always look more busy and act as mentors of their juvenile team.

Here in Bangalore, where is concentrated the company’s R&D work-force, the environment is more informal than Gurgaon and Mumbai – where is the majority of the corporate/management people. I’m always dressing formal but is quite common to see employees with jeans, flip-flops and colorful shirts (like those from the 70s).

Work Pace

One thing that I read during my preparation to come to India was that processes were slow. That’s true and sometimes can get on your nerves, but then it gives us an differentiation: people think that I deliver things very fast at work.

What gets my attention is the arrhythmic pace. Time management is not something practiced everywhere. Processes get accumulated in a bottle neck (usually someone at higher level who needs to provide “green light” so I can move on) and then, when there is no time, we have to rush with everything to be able to deliver on the deadline. I’ll give one fictitious example to clarify:

Let’s say the company wants to develop a strategy to increase its visibility over students and attract new talents – timeframe: 1 month. Then they ask me to create the communication plan. I do a brainstorm session, create a document with my suggestion and send it to be approved – I do that in 1 week. My document will be sitting in someone desk and I’ll receive feedbacks and the “go ahead” days before the deadline. Then I have week working as in hell to put up everything on the deadline. That’s why I have some boring and calm weeks and then suddenly a storm of activities comes.

Food

I eat everyday at the company’s cafeteria together with all the other employees: managers, directors, engineers, everybody. I eat the food from the buffet – it costs 35 rupees (less than 1 dollar). The food is vegetarian but I really like. Everyday there is: 1 desert, 1 or 2 kinds of Indian bread, plain rice, a rice full of spices and vegetables, 2 or 3 gravies (Indian food is full of gravies), salad, soup and a fried snack.

I eat almost everything (even not knowing what it is), but sometimes I have bad surprises… One example: I love potatoes. When there is a gravy with potatoes I fill in my dish. Some days ago I served a lot of it. It was a red gravy with cooked potatoes within. At the first bite the surprise: it was pineapple!! Hurgh!

Many people bring food from home. They come with their tapperware plastic containers and heat the food on the microwave. Someday I’ll bring food from home also – as I always cook dinner at home.

I’ve been using my time in the office as research also. For those who doesn’t know yet, I’m also writing a book about how to do business in India. I’m planning to publish it as soon as I get back to Brazil – beginning of 2009. In the book you’ll find other curiosities from the India business world.

Friday, May 2, 2008

Futebol na Índia

Durante o mês que passei em Gurgaon morri de vontade de jogar futebol, mas so achei cricket mesmo… Pra minha felicidade, em Bangalore muita gente joga futebol. No estacionamento da empresa tem um campo - com uma arvore no meio, meio terra, meio grama alta, mas um campo.

O pessoal joga todo dia no fim da tarde, eu jogo quando tenho tempo. Quando disse que era brasileiro todos ficaram com caras de bobo, hehehe. É o poder da amarelinha.

Um tempinho atrás, o Jaime e um amigo indiano resolveram organizar um jogo amistoso. Índia contra o Resto do Mundo. Foi muito legal! O time indiano treinava todos os fins de semana, nós nos conhecemos 20 minutos antes do jogo. :P

Placar final Resto do Mundo 7 x 2 Índia. Nosso time era Ed (Inglaterra), Mark (Alemanha), Ian (Camarões) e Djaew (Camarões), Jaime (Portugal), Preetham (Índia) e eu (Brasil).

Depois desse amistoso, montamos um time na empresa e entramos para um campeonato amador daqui de Bangalore. Na primeira fase nos classificamos em segundo do grupo e eu era o vice-artilheiro do campeonato. No fim de semana seguinte, jogamos muuuito mal e perdemos nas quartas de final, para um time muito inferior ao nosso.

Agora é planejar o campeonato interno da empresa... :)


Resto do Mundo 7 x 2 India

Jogo num campo parecido
(English version)

Football

During the month I spent in Gurgaon I was dying to play football but could only find people playing cricket. To my good surprise in Bangalore there’s lots of people playing football. At the parking lot of my company we have a pitch – there’s a tree in the middle, half is dust, half is high grass but it is a pitch.

The guys play everyday in the evening; I play when I have time. When I said I was Brazilian all of them got excited to play with me. Is the power of the little yellow (the Brazilian team jersey).

Some time ago Jaime and an Indian friend decided to organize a friendly match: India versus The Rest of the World. The game was very cool! The Indian team practice every weekend – in our team we got together for the first time 20 minutes before the match.

Final score: Rest of the World 7 x 2 India. Our team was comprised by: Nosso time era Ed (Inglaterra), Mark (Alemanha), Ian (Camarões) e Djaew (Camarões), Jaime (Portugal), Preetham (Índia) e me (Brasil).

After this friendly match the guys formed a team inside the company and we joined a amateur tournament here from Bangalore. On the first stage we qualified as 2nd of the group and I was the 2nd best scorer of the tournament. On the next weekend we played soooo badly and we lost to a team very inferior to ours.

Now we need to plan the company internal tournament… :)