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Saturday, September 13, 2008

Pondicherry: o mundo foi pra la

Já estava sentindo saudade de participar das atividades da AIESEC, já que aqui na Índia eles nunca entraram em contato comigo. Foi quando um amigo do Egito que mora por aqui, Ahmed, me disse que uma haveria uma conferencia nacional dentro de 1 mês. Recomendou que escrevesse para um email, dizendo do meu interesse de participar.

O email veio com uma resposta: Parabéns, você foi selecionado para ser facilitador da June National Conference!! Eu nem sabia que havia me candidatado a isso, mas porque não? Já queria ir à conferencia, agora teria todas as despesas pagas!

Eis que na lista estava também Michelle de Ré! Conheci a Michelle em 2003, numa conferencia no Brasil – nunca mativemos contato, mas foi uma boa surpresa descobrir que ela estava aqui na Índia também, morando em Chennai. Acabamos nos encontrando em Bangalore mesmo, uma semana antes da conferência.

A conferência seria em Pondicherry, cidade litorânea no Estado de Tamil-Nadu e uma antiga colônia francesa. Deveríamos estar no hotel no Domingo, para uma reunião com a organização da conferência. A grande coincidência foi que vários trainees de outras cidades também haviam combinado de viajar para “Pondi”.

Fui para Chennai na sexta-feira Em Chennai percebi o quão bom é o clima de Bangalore – Chennai tem temperaturas de um forno industrial! No trem, quando cheguei próximo da cidade sentia como se derretesse. A cidade toda transpira! As pessoas na rua estão constantemente molhadas e o concreto de uma cidade de 5 milhões de habitantes não ajuda nada. Não vale uma outra visita.

Encontrei a Michelle e pegamos um ônibus para Pondi. Chegamos muito tarde e famintos! O único lugar que achamos para comer foi um hotel chique, na orla. Com certo custo, comemos uma boa massa.

Ficamos numa pousada simples, na parte francesa da cidade. Um charme! Ruas bem limpas, prédios coloridos, cafés e restaurantes bacanas e muitos nomes em Francês. O lado indiano da cidade é igual às outras cidades: caótico, sujo e barulhento. Outra coisa boa é que os impostos não são tão pesados lá, então bebida é beeem mais barato.

No dia seguinte, após um bom café-da-manhã, o plano era encontrar o resto da galera – e que galera! Mudamos de hotel e ficamos próximos a Auro-Ville. Auro Ville é uma comunidade modelo, criada por um guru e sua esposa, segue princípios fundamentais dos mais utópicos comunistas (tudo é de todos) e tenta ser completamente auto-sustentável.

Depois de deixar as bagagens, fui com boa parte do grupo até Paradise Beach. É uma ilha! Pegamos um riquichá até um lugar de onde saem barcos e balsas até a ilha. Já eram umas 3 da tarde e fomos avisados que o último barco voltaria às 5 – pouco tempo pra aproveitar...

Chegamos e encontramos mais uma parte do grupo (era muita gente). Fomos direto pro mar! Meu primeiro mergulho na Baia de Bengal - agora já nadei nos dois mares da Índia. Acho que éramos uns 20 na água, brincando, rindo e pulando as ondas que vinham de todos os lados. Isso era muito estranho, o fundo do mar era todo irregular, com muitos buracos, então as ondas eram malucas, literalmente vinham de todo lado.

Na praia ficavam guardinhas com apitos por todos os lados, controlando a diversão. Tamil-Nadu é um dos estados mais conservadores da Índia. Quando eram 5:30 começaram a apitar desesperados, avisando que o último barco estava saindo. Saímos do mar, e fomos pegar nossas coisas. Mas era tanta gente pra sair da ilha, que claro que levariam vários minutos e barcos para isso.

Aproveitei para tomar uma cerveja. O engraçado é que desde o início haviam placas dizendo que era proibido o consumo de bebida alcoólica. Mas o único quiosque da praia tinha cerveja geladinha, legalize! Fiz questão de tirar foto! Na Índia muita coisa é assim, proibido, mas pode – não faz sentido!

A noite, fomos jantar todos juntos. Na praia, mineiro come peixe! Então pedi o meu peixe ao molho de vinho branco, muito bom! Mas o melhor era parar e dar uma olhada no restaurante. Nossa turma agora tinha umas 45 pessoas! Eram línguas diferentes, aparências completamente distintas e muitas risadas! Contei 34 países diferentes!!! E conseguimos reunir tudo isso sem grande dificuldade, um passando email pro outro e puf! O mundo todo estava em Pondi.

Depois do jantar uma big festa frustrada – já que o grupo se dividiu (difícil manter um grupo tão grande e diverso), mas acabamos numa roda de amigos gostosa regada a cerveja e tequila. Depois voltei à pousada, onde a maioria do pessoal estava sentado na praia à luz de velas na areia – plano era fazer uma fogueira, mas faltou iniciativa... Rs.

No Domingo, eu e Michelle deixamos o grupo e voltamos a Pondicherry (no centro indiano). A reunião estava marcada para as 10am, mas como na Índia tudo atrasa, soubemos que só iria começar às 2pm. Encontramos os outros facilitadores estrangeiros, Arnold do Quênia, Adeel e Hummayun do Paquistão.

Fomos caminhar na praia e encontrei de novo alguns dos outros trainees. Em Tamil-Nadu, não se pode demonstrar afeto em público. Andar de mãos dadas já é algo que perambula no limite do certo e do errado. Distraído, abracei uma amiga – no mesmo instante escutei gritos de um senhor que sentava do outro lado da rua e os apitos de um policial que estava próximo. Não pode!

A cidade estava vazia e caminhar pelas ruas era agradável, apesar do calor. Caminhamos pela praia de Gandhi, onde tem uma grande estátua do herói, pelos parques e fomos até um templo de Ganesh, onde uma graciosa elefanta abençoa os fiéis. Mostrei uma moeda, ela veio com a tromba, pegou a moeda e depois bateu levemente com a tromba na minha cabeça, estava abençoado!

A conferência começou na segunda-feira pela manhã. Como alguns comitês locais não haviam chegado, a abertura oficial foi durante a noite. A AIESEC na Índia é bem diferente (como todo o resto). Seus membros são bem mais novos, muitos indianos começam faculdade cedo – com 16, 17 anos! Então era uma garotada, com muita energia e pouquíssima disciplina.

Os comitês locais não se misturam, sentam todos juntos. Cada um tem vários “gritos de guerra” e como se fossem torcidas rivais num clássico, ficam gritando uns para os outros. DURANTE 3 HORAS INITERRUPTAS!!! Ficam todos molhados de suor, roucos, esganiçados. Tudo atrasa, MUITO! Pra vocês terem idéia, algumas sessões começavam de madrugada!

Bom, não vou detalhar muito aqui pois muitos de vocês não vão entender, mas quem for da AIESEC e quiser saber mais de quão estranha é a conferencia na Índia, eu conto depois. A conferência acabou e no dia seguinte voltei para Chennai para pegar meu trem de volta a Bangalore. Perdi o trem por 5 minutos! Vi ele saindo da estação... Lá estava eu, numa cidade que não conhecia, sem celular (acabou a bateria) e sem passagem de volta pra casa.

Sorte que tinha o telefone de um amigo e após algumas ligações vi que o melhor era ir para a rodoviária e rezar para ter vaga em algum ônibus. Finalmente consegui um ônibus comum, sem ar-condicionado, viagem péssima – mas cheguei são e salvo em casa. Difícil foi segurar o sono no trabalho...

Estação de Trem - Chennai
Pondicherry - Tamil, Inglês e Francês

Caminhando na ex-colonia francesa

Café-da-manhã

Cheguei no paraíso! Cadê o moço de barba?

Mar mais esburacado que já entrei...

Outro lado da ilha

Todo o Mundo!

"É proibido alcool após este ponto"

Pegando o barquinho de volta...

Jantar Global - 30 e tantos países

e tem mais...
1 bençao, sem traumatismo - por favor.

Praia de Gandhi - Pondicherry

Ó o cara aí!

Brasil e Paquistão - Conferência

A gritaria...

Thursday, June 12, 2008

Hyderabad - Cidade das Perolas

Já faz mais de um mês que fiz essa viagem, mas só agora tive cabeça pra postar... Os trainees da AIESEC que estão fazendo seu traineeship na Índia foram convidados pela Indian Business School (ISB) para ir até Hyderabad.

A ISB oferece um dos melhores MBAs da Ásia e tem o objetivo de alcançar o topo dos rankings internacionais (já é top20 no mundo). Pra isso, os caras precisam de maior diversidade de estudantes (mais estrangeiros) e então fizeram uma parceria com a AIESEC e estão oferecendo bolsas de 50% e nos pagaram pra ir até lá conhecer o programa.

Como eu queria mesmo conhecer Hyderabad, aceitei o convite e embarquei em mais uma viagem. Soube que iriam outros 3 trainees daqui de Bangalore também, mas acabei não conseguindo comprar passagem no mesmo vagão deles.

Então, estava sozinho na estação esperando o trem. Já tinha viajado de trem antes, então não foi nenhum problema. Comprei uns chips, água e um chocolate e estava pronto pra viagem. Muito cansado do trabalho, dormi logo no início e só fui acordar no outro dia em Hyderabad – ou melhor, acordava em cada estação quando entrava os vendedores de chá, café, salgadinhos, sanduíche... Os caras além de gritar, me acordavam aos cutucões pra saber se não queria mesmo comprar algo.

Chegando em Hyderabad, desci logo e fiquei esperando na saída, para ver se conseguia ver os outros 3 trainees – não é tão difícil identificar 3 estrangeiros numa multidão de indianos. Foram uns dos últimos a sair, mas encontrei o Hunny (Alemanha), o César e o Kelvin (Costa Rica) e fomos para a escola.

A escola fica numa SEZ do governo (Special Economic Zones) – são regiões em que o governo alivia nos impostos pra atrair empresas e investimentos para desenvolver a região. Assim, tem prédios moderníssimos e belíssimos da Microsoft, InfoSys, etc...

A primeira impressão foi excelente, gramados bem cuidados, jardins e prédios novos e modernos. Fomos alocados nos quartos e informados que a programação começaria depois do almoço. Então fomos conhecer um pouquinho da escola, surpreendente! Ficamos na biblioteca, que tem também um cyber-café e emprestam DVDs. Filmes excelentes, de tudo que é parte do mundo.

Durante a manhã foram chegando outros trainees e durante o almoço já éramos uns 30 de tudo quanto é parte do mundo! Um deles era o Cris, da Grécia. O cara saiu de uma ilha que tinha 1000 habitantes. Imagina o choque dele de estar na Índia! Era muito engraçado falar com ele...

Depois de comer, fomos a uma apresentação do coordenador do MBA, que nos apresentou toda a escola, o programa e como funciona a bolsa. Depois da apresentação, entramos num ônibus para começar o tour por Hyderabad.

Já era de tardinha (ônibus atrasou) e fomos até o Golkonda Fort. São as ruínas de um forte de uma antiga capital de um império mulçumano. A cidade era muito rica, graças aos diamantes encontrados nos seus arredores. Por isso, também passou por muitas batalhas, até sucumbir ao império Mogol.

Não só pelo tamanho, o que impressiona muito no forte é sua arquitetura. Estamos falando do século 14, e a arquitetura é tal que cria: um sistema de alarme, um detector de metais, iluminação e muitas armadilhas aos inimigos. Não pagamos guia (queria nos cobrar o olho da cara), mas fiquei perto de um grupo de Coreanos e fui entendendo o que o guia falava pra eles.

Ao passarmos por uma câmara, ele explicou que ali funcionava um sistema de alarme. Se você ficar bem no centro da câmara (tem uma marcação no chão e no teto) e bater palmas com força, ela pode ser ouvida em todo o forte. Claro que eu fui lá bater palmas e é mesmo incrível o eco que dá.

Mais adiante, um grande corredor de colunas grossas. Ali entendi que era o detector de metais. O posicionamento das colunas e o formato do teto é tal que a acústica é inacreditável. Um farfalhar de roupas no início do corredor é escutado no fim do mesmo, onde fica um portão para a área do imperador. Então, se um visitante estivesse carregando uma espada ou um machado por baixo da roupa, o barulho do metal seria escutado e os guardas saberiam que ele estaria armado.

A noite caiu e então começou um show dentro do forte. É uma apresentação que utiliza luzes coloridas, uma fonte de água e caixas de som espalhadas pelo forte, contando a história do lugar como um romance. Eu não gostei muito, achei Bollywoodiano demais e tinham milhares de pernilongos comendo a gente vivo. Então saímos antes do show acabar.

Voltamos para o ISB, mas antes paramos numa lojinha pra comprar bebida e encontrar outros trainees. Ficamos na grama, ouvindo música, bebendo, dançando e rindo muito. A madrugada chegou e fomos continuar a festa na piscina. Gritamos, pulamos, fizemos “briga de galo”, cantamos e fomos crianças de novo – só que um pouco embriagadas... Rs. Estava com saudade dessas farras com o pessoal da AIESEC.

No dia seguinte, os que acordaram ainda pela manhã aproveitaram pra usufruir do centro esportivo do ISB. Jogamos basquete, sinuca, nadamos e fomos almoçar. Depois do almoço, embarcamos de novo no ônibus para a segunda parte do tour por Hyderabad. Dessa vez, fomos até o lago Hussain Sagar. O lago é bem grande e em sua volta tem gramados e jardins, muita gente deitada, criançada brincando, sorveteiro, pipoqueiro. Pena que fede pra caramba!

No meio do lago tem uma estátua de Buda, em pé, sobre a pedra de Gibraltar e abençoando o Sul, para onde os budistas foram expulsos durante algum conflito no passado. Acho que foi a primeira vez que vi o Buda de pé.

De lá, fomos para Charminar. É uma mesquita bem grande, com quatro grandes torres. Foi construída depois que a capital mudou de Golkonda para Hyderabad. O bairro é totalmente mulçumano, cheio de lojinhas de ouro, temperos, caótico e com muitas mulheres de burca. Infelizmente não dá pra fotografar muito, é uma agressão. Tentei flagrar uma cena interessante, uma banca de pimentas coloridas cercadas por mulheres todas vestidas de preto. Não deu, uma delas me viu com a câmera na mão e já ficou ressabiada.

Subimos na mesquita e tivemos uma visão legal da cidade. De novo a arquitetura é toda pensada em defesa contra ataques e também na propagação do som para as orações (desculpe minha ignorância se para mulçumano não se chama orações).

Já era hora de pegar o trem de volta a Bangalore. Fiquei no meio do caminho, pedi informações na rua e cheguei com antecedência na estação de trem. Deu tempo de tirar fotos (até lembrou de looonge a Praça da Estação de BH). Dentro do trem, a versão Indiana do que a mamãe já dizia: “não aceite doces de estranhos”.

Dizia assim:
“Por favor, não aceite biscoitos/doces/bebidas/qualquer alimento, que possam conter drogas/intoxicantes maléficos, de estranhos que irão lhe deixar inconsciente e roubar seus objetos de valor.”

Vou fazer um post só com placas bizarras, tenho que tirar mais fotos.

Trem para Hyderabad
Indian Business School



Golkonda Fort

Câmara de Alarme

Buda - Hussain Sagar

Pedra de Gibraltar

Bairro Mulçumano & Charminar

Lojas e temperos

Trainees na multidão

Entrando na Mesquita - Charminar

Charminar

Visão frontal

Em uma das torres

Tava vazio...

Ornamentos

Estação Kachiguda - Hyderabad

Mamãe já dizia...

Friday, January 11, 2008

A Viagem

Minha jornada se iniciou às 09:20 no Aeroporto de Confins. Disse tchau à minha família e embarquei para São Paulo. Pela janela do avião tentei ver pela última vez Belo Horizonte, minha cidade; não consegui.

Chegando em SP fui recepcionado por um grande velho amigo, Gus. Fomos juntos Diretores de Gestao de Pessoas da AIESEC; eu em BH e ele em SP. Do aeroporto, fomos à minha antiga casa em SP, onde encontrei outros amigos.

Tive meu último almoço digna de uma despedida do Brasil: feijoada! Claro que comi pouco e às 15:00 fomos para o aeroporto. Antes de embarcar, cafezinho e pão de queijo!

Embarquei no vôo para a Africa do Sul, Joanesburgo. O vôo estava lotado. Ao meu lado viajou Victor, um empresario venezuelano, da industria petroleira (esqueci o nome). Estava indo para Uganda, onde haviam descoberto recentemente um poço de petroleo.

Uma curiosidade dos vôos da South African é que sempre no início do vôo eles passam pelos corredores jogando um spray cheiroso (tipo Bom Ar). Todo aviao fica infestado por uma fumaça branca.

No avião muitos brasileiros. Dentre eles, um grupo de cerca de 20 pessoas, a caminho da Índia. Estavam com um professor de Yoga e iriam fazer um tour durante todo o mês. Me infiltrei neste grupo atraves da Maila, uma mineirinha formada em Mecatronica na PUC, trabalha hoje na embraer.

Chegamos em Joanesburgo e nao deu pra ver nada. O aeroporto parece ser meio isolado, entao não pude nem ver a cidade de longe. O aeroporto é enorme, muitas conexões são realizadas aqui. No mesanino do aeroporto tive minha primeira aula de Yoga, gostei.

De Joanesburgo a Mumbai o vôo foi bem mais vazio. A comida já era bem apimentada e os filmes na tela eram de Bollywood, deu aquele sentimento de que a Índia estava chegando. Ao chegar na Índia, não pudemos pousar. O tráfego aéreo era tão intenso que o avião teve que ficar dando voltas entre Mumbai e Pune. Havia o risco de ter que descer em Pune, o que seria péssimo para mim, que pegaria outro vôo mais tarde em Mumbai. Depois de 1 hora e meia, deu tudo certo e desci em Mumbai. Minha mala chegou sem problemas, respirei fundo, agradeci, dei tchau aos meus novos amigos brasileiros e sai do aeroporto pronto para ver a Índia pela primeira vez...


Comisário passando spray
.


Aeroporto Joanesburgo


Loja de doces e comidas tipicas.


Yoga. (meu lugar é onde está o tênis)


Artesanato Indaba.


Produtos de pele de antílope



Ovos de avestruz pintados.

(English Version)

My journey started at 09:20am at the Confins International Airport. I said goodbye to my family and caught my fly to Sao Paulo. Through the window of the airplane I tried to see Belo Horizonte, my hometown, for the last time; I couldn’t.

Arriving in SP I met a great old friend, Gus. We were at the same time People Development Directors of AIESEC; me in BH, him in SP. From the airport we went to my old home in SP, where I met other friends.

I had a true bye-bye from Brazil lunch: Feijoada! Of course that I ate just a little and by 3pm we went to the airport. Before the departure, coffee and pao de queijo!

The flight to Johannesburg, South Africa, was full. I the seat besides me was traveling Victor; a business man from a petrol company. He was heading to Uganda, where they had found a new oil reserve.

One curiosity about flying through South African Airways is that they always spray a kind of perfume in the beginning of the travel. All the plane is taken by a white smoke.

In the plane were many brazilians. Within the Brazilians a group of 20 people heading to India. They were following a Yoga teacher and would make a 1 month trip throughout the country. I infiltrated myself into the group thanks to Maila, a mineira girl graduated at PUC and that nowadays works on Embraer.

We arrived in Johannesburg and we couldn’t see anything of the city. The airport seems to be isolated, so I couldn’t see the city even by far away. The airport is huge, has many connections. In the mezzanine of the airport I had my first Yoga lesson, I liked.

From Johannesburg to Mumbai the plane was much emptier. The food was already hot and spicy and the movies on the screen were from Bollywood. It gave me the feeling that India was closer.

When we got in India we could not land. Air traffic was so intense that the plane had to be giving laps between Mumbai and Pune. There was the risk of having to land in Pune, which would be terrible to me that had to catch another flight later in Mumbai.

After 1 hour and a half everything went right and we landed in Mumbai. My bag arrived without any problems. I took a deep breath, said graces, said goodbye to my new Brazilian friends and went out of the airport ready to see India for the first time…