Tuesday, February 26, 2008

Bangalore aí vou eu!

Eu sabia desde o início que iria viver mesmo em Bangalore, mas acabei me adaptando bem em Gurgaon, fiz uma pancada de amigos, gostava da galera do trabalho... E de repente tive que sair correndo.

Estavam pra acontecer dois grandes eventos em Bangalore e eles precisavam de alguém pra cuidar da comunicação interna e com a mídia. Então acabei tendo que dizer tchau às pressas dos amigos, refazer as malas e partir para Bangalore.

Meu vôo sairia às 10:30, às 08:40 estava no aeroporto. Que perda de tempo. Uma névoa baixou em Delhi e deixou o aeroporto fechado. Meu vôo foi adiado para 12:30 e quando foi 12:15 fiz meu check in. Aí descobri que meu vôo atrasaria mais umas 3 horas...

Nesse meio tempo, passei por uma mulher linda e toda extravagante, fiquei reparando na muchacha e quase não noto quem estava do lado dela. Só notei quando um bando de indianos começaram a se aproximar: era o Steven Seagal! Heehehe

Não dava pra tirar foto porque minha mala já tava lacrada, mas deu vontade de perguntar pra ele se ele acha que consegue bater no Chuck Norris. O cara é alto pra caramba e tem mesmo aquela cara de mau sem expressão.

Bom, finalmente meu vôo saiu, cheguei em Bangalore quase 8 da noite. E que excelente primeira impressão. Primeiro o clima, 26 graus, umidade no nível certo, arvores e jardins. Que beleza!

Aí peguei um táxi e enfrentei pela primeira vez o transito mais impossível do mundo. Engarrafamento de São Paulo é fixinha. É como se todos os dias, as principais avenidas ficassem igual à Bandeirantes na véspera de feriadão.

No caminho muitas lojas, muitos shoppings, hotéis e prédios muito bacanas. Cerca de 1 hora e meia depois, cheguei na casa de hóspedes da empresa, onde ficaria nas primeiras semanas enquanto não achava um lugar definitivo.

Embassy Palace é o nome do lugar, e que palácio. Fiquei maravilhado ao entrar e ver a sala. Realmente não esperava esse tipo de tratamento. Quarto enorme, banheiro enorme, tudo de primeira. Além disso, no prédio tem uma área externa cheia de árvores, um pátio, muito gostoso. Pena que tem prazo pra acabar...


Plaquinha

Hall de Entrada

Sala
Sala de Jantar

Cama

Guarda-roupa

Pátio

Área externa

O Segurança queria aparecer...


(English Version)

I knew since the begining that I was supposed to live in Bangalore, but I adapted myself very well in Gurgaon, made lots of friends and I liked the people from work... Suddenly I had to run away.

Two big events were supposed to happen in Bangalore and they needed someone to cover it and deal with the media. So I had to pack my stuff, say a quick goodbye to my friends and leave to Bangalore.

My flight was supposed to leave at 10:30 and at 08:40 I was at the airport. What a waste of time. An incredible fog blocked Delhi sky and the airport was closed to arrivals and departures. My flight was postponed to 12:30 and at 12:15 I made my check-in. Then I discovered that the flight would be more 3 hours delayed.

While waiting, I passed through a gorgeous woman all fancy dressed. Looking at her I almost didn’t noticed who was besides here – I just noticed when a dozen of Indians started to approach the guy: he was Steven Seagal!

I could not take pictures because my case was already sealed, but I really wanted to ask him if he thinks he can beat Chuck Norris. The guy is very tall and really has that bad face without any expression.

Well, finally my flight took off and I arrived in Bangalore almost at 8pm – and what a great first impression! First the weather, 26 degrees, humidity at the perfect level, trees, gardens. How nice!

Then I took a taxi and faced for the first time the most impossible traffic in the whole world. Traffic jam in Sao Paulo is easy in comparison to this.

In the way I could see many stores, many shoppings, hotels and very nice modern buildings. Around 1,5 hour late I arrived at the company’s Guest House – where I would stay during the first couple of weeks while searching for my accommodation.

Embassy Palace is the name of the place – and what a palace! I was amazed while walking into the living room. I was really not expecting this level of luxury: huge bedroom, big bathroom, all with the finest finishing. Besides that, an external area full of trees, a patio, all very pleasant. I’m sorry that I have to leave this place…

Curiosidades I

De vez em quando vou postar aqui algumas surpresas que encontro nesse país maluco. Comprei um caderninho bacana, feito a mão, e nele sempre anoto novas descobertas e curiosidades...

TV
Assisti pouco a televisão aqui na Índia, por falta de tempo. Tem sempre coisa melhor a se fazer. Bom, mas a TV a cabo aqui é igual a de qualquer parte do mundo. Muitos canais, vários repetidos, passando a mesma coisa. Ao invés de 5 canais de futebol, eles tem 5 de Cricket – ô joguinho sem graça. Tem HBO, mas é bem diferente. Os filmes não são tão recentes e tem umas produções de quinta categoria. Além disso, tem intervalo comercial no meio dos filmes.

Por falar nisso, comercial tem demaaaais. Alguns são bem bons, engraçados, emotivos e bem criativos. Imagina o seguinte, sabe aquele canal de noticia Bloomberg? Fica passando um monte de coisas em volta e tem um quadradinho com o repórter falando. Tem de filme canal assim por aqui, que fica passando propaganda ao redor de uma telinha separada pra atração principal.

Filmes de Bollywood tem demais, tem canal especializado só em clipes de Bollywood, outros só em trailers de Bollywood… Outra coisa que está na moda são as competições caça talento. Os “American Idol” indianos estão em todo lugar. Horrível! Ahh tem BigBrother aqui também, mas se chama “BigBoss” (boss pra eles é tipo o “moço” de mineiro).

Comida

Que a comida é apimentada, cheia de temperos, se come muito arroz e pouca carne, acho que todos já sabem. Alguns detalhes interessantes: é raro você receber uma faca numa praça de alimentação por exemplo. Eles te dão garfo, colher e pronto! Pra aliviar a pimenta da comida, a maioria dos pratos vem com um molhinho de iogurte azedo do lado. Eu não gosto, prefiro a pimenta que o azedo.

Você consegue achar carne de vaca e de carneiro aqui, mas o mais comum é o frango mesmo. E por várias vezes comi um prato com frango e não consegui descobrir que parte do frango que era. Eles cortam a galinha de um jeito muito diferente. Você tem sorte quando pega uma coxa ou um peito.

Agora a coisa mais legal são os símbolos para “Vegetariano” e “Não-vegetariano”. O engraçado é que isso não é só com a comida. Tem esse símbolo na embalagem do xampu, do creme dental, do desodorante, dos remédios…

Fiquei curioso e perguntei porque até os cosméticos tem o símbolo pra certificar que é vegetariano. Há alguns anos aconteceu um escândalo com uma linha de cosméticos que estava usando gordura animal pra produzir seus produtos. Aí isso gerou um bafafá danado e por isso agora todos mostram claro pra ver.

Bebida

Álcool aqui é caro pra caramba e não se compra em qualquer supermercado, padaria, posto de gasolina, ou buteco. Tem as lojas especializadas e os bares de hotéis que vendem. A cerveja mais famosa aqui é a Kingfisher e é boa. Bem parecia com as nossas Bhrama e Skol.

Mulheres


Bom, vocês já devem saber que as mulheres aqui são bem conservadoras, que não se chega assim facilmente como nas nossas festinhas brazucas. Vou falar de outros detalhes, por exemplo: cabelo. Acho que tem mulher no Brasil que mataria pra ter o cabelo das mulheres daqui.

A cor não varia, é preto! Mas a maioria das mulheres tem um cabelo comprido, liso, brilhante que me chamou a atenção. Às vezes é uma faxineira, que tá toda suja no meio do dia de trabalho, feinha, mas o cabelo é uma beleza!

Falando em beleza, se acha mulher indiana bem bonita, de verdade. No corpo, claro que falta a bunda e a cinturinha das brasileiras. Mas às vezes você se surpreende com uma mulher realmente bela por aqui.

As mulheres parecem estar cada dia mais se empoderando por aqui. Fiz várias reuniões de negócios, que do outro lado da mesa eram mulheres, fortes, de atitude. No trabalho mesmo você vê as mulheres fazendo questão de se mostrarem independentes e cheias de si. Numa terra tão machista, elas precisam mesmo se afirmar.

Aniversário

Durante meu mês em Gurgaon, presenciei o aniversário de alguns colegas da empresa. Muito estranho, sem graça. A pessoa chega, tem o bolo. Aí se canta um Parabéns pra você, super rápido e sem ritmo.

A pessoa corta o bolo e é aplaudida nesse momento. Entrega o primeiro pedaço à pessoa mais importante do recinto (no caso, o chefe). Troca um simples aperto de mão com cada um. E passa um pedaço de bolo de pessoa em pessoa, e cada um vai retirando um pedacinho. Depois a galera ataca o bolo de vez. Sem graça.

Segurança

A maioria dos shoppings e prédios comerciais tem um detector de metal na porta e um segurança com outro detector portátil. Mas acho que eles não leram o manual ainda. Você passa pelo detector e ele apita, indicando que você está carregando algum metal. O guardinha vem, passa o detector portátil de longe em você. O detector apita novamente indicando que você tem mesmo algo de metal. Aí ele deixa você ir, sem nem que mostre o que é que fez o aparelho apitar. É como: “Sim senhor, você tem metal, pode prosseguir.” Nonsense!

Anúncios

Como havia dito antes, a publicidade é fervorosa aqui na Índia. Nos jornais, você tem anúncio em todas as páginas, sem excessão. As vezes tem mais anuncio que notícia. O mais bizarro são os anúncios matrimoniais: “Fulano procura esposa que seja paciente, saiba cozinhar e cuidar de crianças”. “Fulano, gerente de multinacional, boa aparência, procura mulher para casar.”

Pra quem não sabe, a maioria dos casamentos aqui na Índia são arranjados. Geralmente são os pais que definem com quem a filha e o filho vão se casar. E não to falando de uma antiga tradição que ainda permanece em algumas zonas rurais. Colegas de trabalho, formados, com mestrado, viagem pro exterior, nascido e vivido em grande metrópoles, se casaram após a escolha dos pais.

Aparência

Os indianos (homens) são extremamente vaidosos. Se você vai numa boate ou no shopping, irá ver os indianos com todo estilo de andar, vestir, falar… No banheiro tem disputa pelo espelho e todos molham e penteiam os cabelos. Cabelo, barba e bigode são o que definem o estilo do cara.

Amizade

Isso ainda me choca muito. Tenho até vergonha de tirar foto pra mostrar pra vocês. Os homens aqui andam de mãos dadas e abraçadinhos, feito namorados. Podem me chamar de machista ou homofóbico, mas é meio estranho ver dois (ou mais) caras andando de mãos dadas, com os dedos entrelaçados e tudo.
(English Version)
From time to time I’ll post here some surprises that I face in this crazy country. I bought a nice notebook, handmade and I always take notes over the new discoveries and curiosities…

TV
I just watched TV a little bit here in India, because of lack of time – there’s always something better to do. The cable TV is the same as everywhere else in the world: too many channels, many repeated channels, all passing the same thing. Instead of having 5 football channels, they have 5 cricket ones – how lame is this game. There is HBO but is quite different. The movies aren’t new ones and there’s many awful ones. Besides that, there are commercial breaks during the movie. Talking about that – there’s too many commercials. Some of them are good, emotional and quite creative.

Picture this: you know a Bloomberg kind of channel that passes hundreds of content around a small screen where there is the reporter. Some movie channels are like this here: all the advertising around and the movie passing in the small screen.

Bollywood movies are a hit: there are channels only for Bollywood videoclips, other only with Bollywood movie-traillers… Another big hit are the talent hunting contests. The Indian versions of “The American Idol” are everywhere: awful! They also have the “Big Brother” but here is called “The Big Boss” (everybody is called boss here – it’s just like “dude”.)
Food
That the food is hot, full of spices, has lots of rice and no beef, I guess everybody already know. But there are some details quite interesting like: you often don’t receive a knife to eat in a food court by example – only spoon and fork. To refresh the spices many dishes come with a sauce made of yogurt. I don’t like it.

You can find beef and lamb here but the most common meat is chicken. For many times I ordered chicken but I could not find out what part of the chicken I was eating. They cut the chicken in a different way – you’re lucky when you receive a piece of breast or legs.

Now, the most curious thing are “Veg” and “Non-Veg” symbols. The curiosity is that those symbols are not only for food. You can find it in your shampoo, tooth paste, medicines…

I was curious and asked an Indian guy why even the cosmetics have symbols to say it’s vegetarian. The guy told me that some time ago there was a big scandal with a cosmetic manufacturer which was using animal fat to produce its products. That generated a huge discussion and that’s why now they have the symbols.

Liquor
Liquors here are quite expensive and you can’t easily find in any supermarket, bakery, gas station or corner shop. There are specialized liquor shops and hotels that sell it. The most famous beer is the Kingfhisher – its good, similar to the Brazilians Bhrama and Skol.

Women
Well, you shall know that women here are quite conservative and that you can’t approach them like we do in Brazil. So, I’ll talk about other details like: their hair. I’m sure some women in Brazil would kill to have a hair like Indian ladies have.

The color is only one: black. But the majority of women have a long, straight and shining hair – that caught my attention. Sometimes is a cleaning lady all dirty after a day of work – she’s ugly but the hair is perfect.

Talking about beautiful things, you can find a really beautiful Indian woman: of course that their bodies don’t have the Brazilian perfect but and the tiny whist – but sometimes you get surprised with a really gorgeous lady.

It seems that day-by-day women are getting empowered here. I had many business meetings in which at the other side of the table there was a strong and full of attitude woman. At work you see women making people notice how independent and self-sufficient they are – and in a extremely sexist land like India, they should.
Birthday
During the month I spent in Gurgaon I was present in some colleagues birthday celebration: nothing special. The guy comes in and there is a cake, people sing a “Happy birthday to you” very fast and without rhythm while the cake is cut.

He/She delivers the first piece to the most important person in the room (in all the cases: the boss). People exchange a simple handshake and take a little piece from the first piece of cake. After that everybody eat the rest of the cake. No fun.

Security
Most of the malls and commercial buildings have a metal detector at the gate and another security guard with a portable one – but I think they never read the user-manual. You go through the metal detector and it beeps – showing that you have something made of metal with you. The guard comes and passes the portable detector. It beeps also indicating that you really have some metal stuff in you bag. Then the guard just let you go without checking what was making the detector beep. It’s like: “Yes Sir! You do have something dangerous in your bag, please come in!” Non-sense!

Advertising
As I said before, advertising in India is huge. In the newspapers you have ads in all the pages – no exception. Some pages have more ads than news. The most bizarre ones are the matrimonial ads: “John Doe looks for wife who is patient, knows how to cook and likes children”. “John Doe, manager in a multinational company, good appearance: looks for woman to marry.”

For those who don’t know: most of the marriages in India are arranged. Usually the parents are the ones who decide with whom their sons and daughters are getting married. I’m not talking about an antique tradition that still survives in the middle of the country. My teammates who have masters’ titles, traveled around the world, born and raised in a metro: married after the parents’ choice.

Looks
The Indian guys are extremely vain. If you go to a club or to a shopping mall you’ll see them with their fancy way to dress, the stylish walk and talk… In the bathroom there’s a fight for a space in front of the mirror – they are all splashing water and brushing their hair. Hair, beard and mustache are the features that define the guy style.
Friendship
This still chocks me a lot – even makes me embarrassed to take a pictures and show it to you: The mans here walk holding hands and embraced like boyfriends. You can call me sexist or homophobic, but for me is quite strange to see two (or more) guys walking and holding hands – sometimes also with the fingers crossed between the hands.

SurajKund em Faridabad

No Domingo, combinamos de juntar a galera e ir numa feira gigante que acontece em Faridabad (uma cidade perto) 1 vez por ano. O ônibus demorou um bocado, e quando entramos, sentei no fundão. Bem na minha frente instruções que eu preferia não ler: “Olhe embaixo do seu assento. Pode ter uma bomba. Alarme a todos. Receba recompensa.”

Depois de penar muito na mão dos auto-riquixás, chegamos na tal feira. Realmente era gigante. Logo na entrada, crianças brincando com camelos e muitas, muitas cores diferentes.

Estava bem cheio, mas dava pra andar tranqüilo e olhar as tendas. Eu sabia que não ia comprar nada, ficando 1 ano aqui, prefiro comprar quando estiver indo embora. Mas a galera tava alucinada, comprando lembrançinhas e presentes.

Pra minha surpresa, avistei de longe uma bandeirinha do Brasil. Corri até lá e era verdade: uma banca do Brasil, no meio de uma feira típica da Índia. O vice-embaixador estava lá e foi dele a idéia de trazer 5 artesãos do Brasil para representar o país na feira. Eram 2 de Manaus e 3 mulheres rendeiras de Pernambuco.

Tadinhos, estavam perdidos porque não falavam inglês, e o pior: não sabiam que aqui os preços são elevadíssimos e você tem que negociar muito até chegar no preço certo. As coisas deles eram baratinhas e todo indiano que chegava ficava barganhando. Eu fiquei por alguns minutos ajudando as donas a vender a renda, traduzindo e negociando preço, a galera rachou de rir enquanto eu trabalhava de feirante.

Além de muitas barracas, tinha muita música e dança. Tirei poucas fotos porque quis fazer um videozinho pra vcs sentirem o clima. O povo andando nas tendas e música clássica indiana no ar. Eu gostei muito, mas tava de saco cheio no final – não gosto de “compras”.


Não ganhei recompensa.
Dança e música

As tendas.

Multidão

Os brazucas

Mais dança.

Ó eu!


Passeando pela feira

English Version

On Sunday we planned to get everybody and go to SurajKund a huge fair that happens every year in Faridabad (close to Delhi). The bus tool a long time to came and when we got in I took a seat in the back. Right in front of me it had some instructions that I’d rather no to read: “Look under your seat. There could be a bomb. Raise alarm. Earn reward.”

After having a bad time with the auto-riquishaws we reached the fair. It was really huge! Right in the entrance we could see children playing with cammels and many different colors.


It was quite crowded but we could walk around with no issues and take a look at the tends. I knew that I was not going to buy anything – being one year in India, I prefer to buy souvenirs when I’m leaving. But the rest of the guys where excited, buying a bunch of stuff.

To my surprise I saw a little Brazilian flag hanging far away. I ran to the place and it was true: a Brazilian tend in the middle of a typical Indian fair. The Vice-Ambassador was there and it was his idea to bring 5 artisans from Brazil to represent our country. They were 2 guys from Manaus and 3 women from Pernambuco.

The poor guys were suffering because they didn’t knew how to speak English and worse: they didn’t knew that here everything is overpriced and you have to negotiate for a long time till you reach a fair price. Their handicrafts were cheap and every Indian costumer was bargaining. I stayed there for a couple of minutes helping the ladies to sell, translating and negotiating the price – my friends laughed a lot while I worked.

Besides many stands and products there were lots of musical and dancing performances. I took less pictures this time because I wanted to make a video – so you can feel how was the fair. I liked very much, but in the end I was completely bored – I don’t like shopping.

Um dia em New Delhi

Eu estava negociando com a companhia aérea para adiar minha passagem sem ter que pagar extra e a Sve precisava trocar seus dólares. Combinamos então de ir a Delhi, resolver essas coisinhas e depois aproveitar para dar uma turista.

No caminho, dessa vez foi o riquixá que estragou – quebrou a corrente. O pobre coitado ainda tentou consertar dando umas tijoladas, não teve jeito. Eu já estava seguro para ir e voltar de ônibus, e fui guiando a Sve.

Depois de resolver nossas coisas, fomos até o Delhi Gate – o arco do triunfo da Índia. É muito bonito e grande! Um monumento erguido em homenagem aos que morreram lutando na I Guerra Mundial e nas Guerras do Afeganistão. Na lateral, tem os nomes de família dessas pessoas e atrás um parque bonito e que não podíamos entrar.

Tiramos um monte de fotos e decidimos ir andando até o outro lado da avenida, num prédio imponente que eu achava ser o parlamento ou algo assim. Chegando lá, vimos que eram os prédios dos principais ministérios. Estava bem vazio, tinham somente guardas com armas imponentes, olhando feio pra gente enquanto tirávamos fotos.

Acho que Delhi seria uma cidade bem bonita, se não fosse tão poluída. Já era tarde e estávamos com fome. Perguntamos pra 2 meninas num ponto de ônibus por um lugar para comer que fosse no caminho de volta pra casa. Elas nos indicou uma tal de “Dili Hat”.

Pegamos um auto-riquixa que nos deixou em frente a um lugar nojento! Pra nosso alívio, nosso destino estava do outro lado da avenida. Uma feira permanente com artesanato e comida, muito agradável. Comemos bem, andamos pelos stands e fomos embora. Um dia bacana em Delhi.


Corrente quebrada.

Delhi Gate
O parque no fundo.

Delhi Gate

Ceu

Silhueta

Ministérios (bloco sul)
Bloco Sul

Ministério da Defesa
Eu no Ministério
Tentando ver o Delhi Gate

Elefante

Dili Hat
Dili Hat
(English Version)
I was negotiating with the airline company to postpond my tickets without paying any extra fee and Sve needed to exchange money. So we agreed to go to Delhi to solve these issues and later act like a tourist.

This time was the bicycle-riquishaw that left us in the road – the chain broken. Still the poor guy tried to fix it by hitting the chain with a brick but it didn’t worked. I was already feeling confident about going to Delhi by bus, so I took the lead and guided Sve.

After solving our issues we went to Delhi Gate. It’s very beautiful and huge! A monument raised in honor to those who died during the II War. At the side of the gate there are the family names of those people and behind the gate there was a park in which we could not enter.

We took lots of pictures and decided to go walking till the other side of the avenue, where was one impressive building that I thought to be the parliament. When we got there we saw that was some Ministries buildings, including the Ministry of Defense. It was quite empty; only guards with big guns giving bad faces to us while we took pictures.

I believe Delhi would be a very beautiful city if wasn’t so polluted. It was already late in the afternoon and we were hungry. We asked 2 girls at a bus stop to indicate us a good place to eat that was in our way back home. They told us to go to a place called “Dili Hat”.

We took an auto-riquishaw that left us in front of a disgusting place. To our relief the final destiny was at the other side of the avenue: a permanent fair with typical handicrafts and food – very pleasant. We ate, walked through the stands and left. A nice day in Delhi.


Saturday, February 2, 2008

Elefantes Bebados e Macacos Assasinos

Por acaso acabei encontrando um blog que relatava sobre duas notícias bizarras daqui da Índia. Realmente tem muita notícias bizarra por aqui. Antes de vir pra cá, vi um cara que casou com uma cadela e outro que casou com uma mula.

Casou mesmo, com cerimônia, festa. Todos vestidos elegantes, família... Não falaram da noite de núpcias, ainda bem.

Segundo a notícia, os noivos estavam tentando equilibrar seu karma, depois de terem feito animais daquela especie sofrer ou morrer (acho que um tinha tropelado um cachorro e o outro um burro).

Bom, mas as notícias dos elefantes e dos macacos são especialmente engraçadas e faço questão que leiam. Deixo aqui somente a manchete e o link. Não tem como não ficar curioso:

Vice-prefeito de Nova Déli morre após ataque de macacos
http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2007/10/071022_macacomataprefeito_fp.shtml

Elefantes se embriagam, derrubam poste e morrem eletrocutados
http://noticias.uol.com.br/ultnot/efe/2007/10/23/ult1809u13354.jhtm




(English Version)

I found by accident a blog that was commenting about a couple of bizarre news here from India. It really has many bizarre things around here. Before coming to India I read about a guy that got married with a bitch (the animal) and another one that married a donkey.

A real wedding, all the ceremonial, party, all dressed nice, family present… Thanks god they didn’t commented anything about the honey moon.

Anyway, the news about the elephants and monkeys are especially funny and I really would like you to read the full story. I’ll write here only the headlines and the link. There is no way to be curious about it:

Man killed in wild monkey attack
http://news.bbc.co.uk/cbbcnews/hi/newsid_7050000/newsid_7056500/7056505.stm

Elephants electrocuted after beer-fuelled rampage
http://www.guardian.co.uk/india/story/0,,2197379,00.html
http://www.msnbc.msn.com/id/21432722/

Dia da República, Templo de Lótus e Rock’n Roll

Mais um fim de semana na terra dos elefantes bêbados e macacos assassinos (a explicação para esta descrição vem no post a seguir). No Sábado era feriado do Dia da República, quando finalmente a Índia teve sua primeira constituição, um pouco depois de conseguir sua independência junto ao império inglês.

Desde antes vir para cá, já havia lido sobre o desfile do Dia da República. Um desfile militar e cultural na capital, Delhi. Elefantes, mísseis, caças, camelos, carros alegóricos dos ministérios e estados, dança, música... Aí me falaram que é beeem complicado, a multidão é imensa e se não tiver bons ingressos, nem vale a pena ir.

Inocente, por um momento achei que o povo indiano era mil vezes mais patriota que o brasileiro, para lotar um desfile desses. Depois realizei que na verdade, no Brasil e na Índia só uma minoria da população gostaria de ir nessa comemoração; a diferença é que toda minoria na Índia é uma multidão (pense num país de mais de 1 bilhão de habitantes).

Outro empecilho, além do ingresso, era ter que acordar beeem cedo para enfrentar o tráfego às 6 da manhã, toda confusão e chegar a tempo para ver o início do desfile. Até consegui com quem comprar o ingresso, mas desisti. Assisti na TV e nem foi tão legal assim. Fiquei feliz com minha escolha.

Uma coisa curiosa foi ver os carros alegóricos dos ministérios (bem parecidos com os do “Carnaval PraPular” de BH). Tem ministérios para os recursos minerais mais importantes da Índia, por exemplo: Ministério do Ferro, Ministério do Carvão... Depois quero entender melhor o governo indiano.

No domingo o plano era visitar alguns templos em Delhi e ir para um show de rock indiano. Isso mesmo, um festival de rock de bandas indianas. Bom, fomos de ônibus para Delhi e chegando lá começou a barganha. Éramos um grupo de 9 estrangeiros: 2 ucranianas, 1 alemã, 2 franceses, 1 búlgara, 1 norueguesa, 1 checo e esse brazuca que vos escreve.

Precisávamos de auto-riquixás para nos levar ao primeiro templo. Aí tem q negociar o preço: quando eles vêem um grupo de estrangeiros metem a faca, mas como moramos aqui, sabemos o preço real das coisas e aí começa o problema. Finalmente chegamos num preço aceitável, mas nosso auto-riquixá nos levou no templo errado. Nos perdemos do resto do grupo e tivemos que esperar até que fossem até nós.

Chegamos então no Templo de Lótus. É uma construção muito bonita (lembra a “Opera House” de Sydney) e dedicada a todas as religiões, povos e raças. O templo tem nove lados, segundo as explicações, porque 9 é o número que simboliza o todo. Sua forma é uma flor de lótus, com 27 pétalas de mármore e uma piscina em cada lado.

Tinha um cara organizando a fila e nos perguntou de onde éramos. Respondemos a ele, que logo em seguida nos trouxe panfletos sobre o templo, na nossa língua pátria! Ficamos boquiabertos, o cara tinha panfletos em português, noruegues, ucraniano, checo, tudo!

Era possível mesmo ver todo tipo de gente. Uma diversidade gigante de religiões e nacionalidades. Branquelos, negões, amarelos, vermelhos, todo mundo! Budistas, hindus, católicos, taoístas, sikhs, mulçumanos, todo mundo junto na fila. Observar isso foi bem legal.

Dentro do templo, cada um reza do seu jeito, na sua religião e em silêncio. Não tem símbolos ou ensinamentos de nenhuma religião específica. Não era permitido tirar fotos, mas tirei uma do teto que era muito bacana e com símbolos que pareciam evocar a todas as grandes religiões juntas fundidas, tipo: uma cruz fundida com um menorá do lado de uma estrela de Davi, tudo dentro de uma estrela de 9 pontas.

Saímos de lá famintos e fomos negociar de novo com outros auto-riquixás para nos levar a um restaurante próximo dos próximos templos. Demorou muuito, negociamos por uns 20 minutos até um preço justo. Então quando finalmente embarcamos, o pneu do riquixá em que eu estava furou.

Paramos para encher o pneu 2 vezes. Foi até divertido, porque enquanto isso a gente ficava tirando fotos, zuando uns aos outros... E era muito engraçado ver os caras discutindo como encher o pneu usando uma daquelas bombas de pé.

Finalmente chegamos a um restaurante bem aconchegante. Comemos muito. A maioria dos restaurantes é a la carte, geralmente cada um pede um prato e compartilhamos tudo. Já tô bem acostumado com a pimenta o que me dá a coragem de provar de tudo.

Ao sair do restaurante já era tarde, tinhamos que atravessar a cidade para ir até o local do show, mas antes precisávamos parar num mercado para algumas compras. Nos despedimos dos outros que não iriam no show e pegamos um riquixá para o mercado de Sorejini. Eu tava com medo de morrer de frio e precisava de um cachecol. Aqui tá bem frio, vi no noticiário que talvez sexta-feira chegue aos 0 graus. Ahh neemm.

O mercado é típico indiano, o que significa: pouca organização, nenhum senso de limpeza e muita, muita barganha. Dessa vez foi até divertido. Negociar com os comerciantes é excitante, como uma queda de braço. Achei uma loja que vendia chale um lençol típico na região que o pessoal enrola no pescoço e cabeça.

Fiquei feliz com minha negociação. Escolhi um chale bem bonito e de boa qualidade. O preço começou a 600 rúpias. Disse que não pagava mais de 150. Depois de muita discussão, ameaças de ir embora, consegui comprar a 200 rúpias. 400 rúpias na barganha, nada mal. Depois contei a um amigo indiano e ele disse que foi um negócio justo. Detalhe: 1 dólar americano é o equivalente a 40 rúpias.

Partimos para o show: Saif Ali Khan, Parikrama e Strings. O show começou com Strings, uma banda do Paquistão bem famosa por aqui. Parece que até tem música deles no filme Homem Aranha 2. Uma bosta. A primeira música era ok, o resto cheio de ôôôs.

Depois entrou o Parikrama, quaanta diferença. Os cara são muito, muito bons. Vocalista excelente, guitarristas de primeira, baixista e tecladista completamente alucinados e um figuraça no violino. Os caras tocaram AC/DC, Jimi Hendrix, Pink Floyd, Deep Purple, Iron Maiden e músicas próprias também muito boas. Valeu o ingresso.

Aí subiu no palco o tal do Saif Ali Khan pra tocar guitarra com eles. Horrorível! O cara é um super-star de bollywood que agora cismou que quer tocar guitarra. O cara ficava o tempo todo olhando pra mão pra fazer os acordes, errava o ritmo e era sofrível nos solos. Coitado, o Parikrama tinha 2 guitarristas que colocaram ele no chinelo.

Tentei gravar alguma coisa do show, mas minha máquina é muito velha e não tem muita memória (acho que tem Alzheimer tadinha...). Compro uma nova depois dos primeiros salários. :)





Republic Day Parade


Templo de Lótus e eu


09 Piscinas


Templo de frente


Parque do templo



Teto do Templo

A turma


Consertando pneu


Restaurante

Show de Rock


(English Version)


Another weekend in the land of drunken elephants and assassin monkeys (the explanation to this description will be in the following post). On Saturday was the Republic Day holyday, celebrating when India finally got its first constitution right after the independency from the British Empire.

Even before coming here I read about the Republic Day Parade: a military and cultural parade in the capital, Delhi. Elephants, missiles, combat airplanes, camels, allegoric trucks of ministers and states, dance, music... Then I was told that is very complicated to go, the crowd is huge and if you don’t have good tickets is not worth it to go.

Innocently, for a moment I believed that Indian people are thousand times more patriotic than Brazilians to have a huge crowd attending such event. After a while I realized that actually in both Brazil and India only a minority of the population like to attend this celebration. The difference is that any minority in India is a huge crowd (we’re talking about a country with over 1 billion inhabitants).

Another problem, besides getting the tickets, was to wake up very early to confront the traffic at 6am, all the mess and get on time to see the beginning of the parade. I found tickets to buy but I gave up on going. I watched it on TV and was not that good. I was happy with my decision to stay.

One curious thing was to see the ministries allegories (it look just like the “Carnaval PraPular” in Belo Horizonte). There are ministries for the most important natural resources, like: Ministry of Steel, Ministry of Coal… I would like to understand better the Indian government.

On Sunday the plan was to visit some temples in Delhi and go to an Indian rock concert. That’s right, a rock festival with Indian bands. We went by bus to Delhi and when we got there the bargaining started. We were a group of 9 foreigners: 2 Ukrainian, 1 German, 2 French, 1 Bulgarian, 1 Norwegian, 1 Check and this Brazilian that write you.

We needed auto-riquishaws to take us to the first temple. That’s when we need to start negotiating: when riquishaws see a group of foreigners the raise the prices to the sky but as we live here, we know the prices and the problem starts. Finally we got a fair enough price but in the end our riquishaw took us to the wrong place. We got separated from the rest of the group and had to wait for them.

We got to the Lotus Temple. It is a very beautiful building (it is similar to the Sydney’s “Opera House”) dedicated to all religions, people and nationalities. The temple has nine sides. According to the explanations it is because the number 9 it’s a symbol for the whole. It’s shaped in the format of a lotus flower with 27 marble petals and one water tank per side.

There was this guy organizing the cue and he asked from where we were. We said to him and right after he brought us pamphlets about the temple: in our native language! We were speechless because the guy had papers in Portuguese, Norwegian, Ukrainian, Check, everything!

It was possible to see people from all different kinds, a giant diversity of religions and nationalities. There was Buddhists, Hindus, Catholics, Taoists, Sikhs, Muslims everybody together in the cue. To observe this was very cool.

Inside the temple each one prays in your way, in your religion but in silence. There are no symbols or scriptures of any specific religion. It was not allowed to take pictures inside but I managed to take one from the ceiling that was very cool. It has a symbol that seems to envious to all great religions merged, like: a cross merged with a menorah aside a David star all inside a 9 vertices’ star.

We left the temple starving e started to negotiate again with the riquishaws to take us to a restaurant near the next temples we wanted to visit. It took so long. We negotiated for about 20 minutes till reached a fair price. Then when we finally left the tire of the riquishaw I was got flat.

We stopped to fix the flat tire twice. It was fun because we kept taking pictures of each other and making jokes. It was very funny to see the riquishaws discussing how to fill the flat tire using a mechanical stepping air pump.

We finally got to a very cozy restaurant. We ate a lot! Most of the restaurants are a la carte and usually each one orders a different dish and we share everything. I’m more used to the spices what gives me the courage to try out everything.

When we left the restaurant was already late and we had to cross the city to go to the concert. But first we needed to stop for some shopping. We said goodbye to the rest fo the group that didn’t went to the concert and took a riquishaw to the Sorejini Market. I was afraid of freezing to death and needed a scarf. Is very cold here I saw in the news that maybe will be 0 degrees on Friday. Daaamn.

The market is typically India meaning: minimum organizations, no sense of cleaning and too much bargaining. This time it was quite fun to bargain. Negotiating with merchants it’s exciting like a wrist battle. I found a store that was selling chale a piece of fabric typical in the region that people cover the neck and head.

I was very happy with my bargaining. I chose a very beautiful and good quality chale. The starting price was 600 rupees. I said that I would not pay more than 150. After discussing a lot and many attempts to leave the store I could buy it for 200 rupees; 400 rupees discount, not bad. I told this to an Indian friend of mine and he said that I did a good deal. Detail: 1 American dollar is equivalent to 40 rupees.

We went to the show: Saif Ali Khan, Parikrama and Strings. The show started with Strings: a band from Pakistan very famous here. It seems that they have songs in the Spider Man 2 movie soundtrack. It sucks! The first song was ok, but the rest…

Parikrama came to the stage: what a difference! The guys are very, very good: an excellent vocalist, first class guitarists, lunatic bass and keys players and such a character playing the violin. They played AC/DC, Jimi Hendrix, Pink Floyd, Deep Purple, Iron Maiden and also very good songs from themselves. It paid the ticket.

Then Saif Ali Khan went to the stage to play with them. Terrible! The guy is a super-star Bollywood actor that put in his head that wants to be a guitarist. He kept looking to his hand to get the chords, missed the rhythm and played painful solos. Poor guy, Parikrama had 2 guitarists that showed him his place.

I tried to record something of the show but my camera is too old and doesn’t have a good memory (I think it has Alzheimer, poor thing…). I’ll buy a new one after a couple of salaries. :)