Tuesday, January 15, 2008

Primeiro Dia

Antes de sair do aeroporto, coloquei um poncho colombiano. Uma amiga da Colômbia havia me dado este poncho de presente, a Juli. Agora ela estava morando em Mumbai e iria me receber no aeroporto, por isso resolvi sair a caracterizado.

Ao sair, primeiro o cheiro. Sempre havia escutado e lido sobre o cheiro da Índia. Um cheiro de sândalo tomou conta dos meus pulmões, misturado com a brisa salgada do mar de Mumbai. Depois veio a multidão.

Eram centenas de pessoas esperando por passageiros. Todas olharam para mim. E várias apontaram e riram do meu poncho. Andei de um lado para o outro, com vergonha, e não achei minha amiga. Eram 1:45 da manhã.

Tirei o poncho e fui atras de algum telefone, ver se conseguia falar com ela. Na fila para telefonar, fui abordado por dois indianos. Perguntaram para quem eu queria ligar e porque. Expliquei que uma amiga iria me buscar. O cara tomou o papel que tinha o telefone da minha mão e começou a discar em seu celular. Pensamento do momento: vão me cobrar uma fortuna.

Consegui falar com minha amiga, ela havia confundido a data de minha chegada: “Não é amanhã?” “Não ñoña, é hoje! Tô aqui!!” Desliguei o telefone, agradeci e perguntei quanto era. O cara não quis dinheiro, disse que era um favor. Que surpresa agradável!

Esperei mais uns 25 minutos e a Juli apareceu, correndo. Nos abraçamos muito, quanta saudade. Nós trabalhamos e moramos juntos em SP por 1 ano, faziam 7 meses que a gente não se via.

Fomos de auto-riquichá para a sua casa. É um triciclo com uma cabine, muuito precário e engraçado. Há quem diga que tem seu charme. Chegamos na casa da Juli. Um condominio fechado com predios de uns 6 andares. Sem elevador.

O apartamento é bem aconchegante. Ficamos na sala (que se tornou meu quarto por uma noite) conversando e rindo muito. Eu teria que pegar o vôo para Delhi logo na manhã seguinte, às 9:20 e a Juli tinha que trabalhar; então fomos dormir.

Fui acordado por dezenas de corvos. Achei muito estranho um corvo ser um pássaro urbano. Em Mumbai são como nossos pardais. Pegamos um auto-riquixá novamente para o aeroporto. Ao fazer meu check-in fui informado que meu vôo seria adiado, por causa da “neblina”. Mas não havia neblina e sim uma nuvem densa de poluição. Beeem pior do que São Paulo nos dias de inversão térmica.

Acabei conhecendo 3 modelos que estavam pegando o mesmo vôo, 2 brasileiras e 1 russa. Pelo menos foi divertido esperar pelo próximo vôo. Finalmente embarcamos, no avião, tudo de Bollywood.

Filmes, seriados (tipo os do Sony e WBChannel), entrevistas, shows, premiações, CDs... Coloquei numa rádio de musica classica indiana e tentei dormir. Tentei, porque o avião era muito espremido e o turco do meu lado muito espaçoso, toda hora trombávamos o cotovelo. A comida dessa vez era meeeesmo apimentada, se nao fosse o paozinho com manteiga que acompanhava, nao terminava o prato.

Cheguei em Delhi, a mesma fumaça de poluição. Minha mala ainda intacta. Me despedi das modelos e trocamos contatos. Saí do aeroporto e dessa vez haviam 2 meninas da AIESEC, com uma plaquinha: Andre Maciel. Nos apresentamos (claro que nao entendi os nomes de primeira) e fomos de carro até onde será minha casa e meu trabalho neste mês.

No próximo post, apresento minha casa e escritórios temporários...




Riquixá (excelente estado)


Vista Interna




Eu e mala no auto-riquixá




Juli (la ñoña)


Juli e eu.


Juli e seu condominio



Aeroporto em Mumbai



Mumbai e a poluição

(English Version)

Before left the airport I wearied a Colombian poncho. One friend of mine from Colombia had given this poncho as a gift, Juli. Now she is living in Mumbai and would pick me up at the airport. So I decided to come out in Colombian avatar.

Getting outside: the smell. I had heard and read about India smell. A scent of sandalwood mixed with the salt ocean breeze of Mumbai invaded my lungs. After this I saw the crowd.

There were hundreds of people waiting for passengers. All of them looked at me. Many of them pointed and laughed of my poncho. I walked around embarrassed and didn’t found my friend. It was 1:45am.

I took out the poncho and tried to find a phone cabin to talk with her. In the cue to call two Indian guys approached me. They asked to whom was I calling and why. I explained that I was calling a friend to pick me up. The guy took the piece of paper with the phone number out of my hands and started to dial in his cell phone. Thoughts at the time: they will charge me a fortune.

I talked with my friend. She had made confusion with my arrival dates: “It isn’t tomorrow?” “No, ñoña is today! I’m here!!” I ended the calling, said thanks and asked how much that would cost me. The guy didn’t wanted money, said that was a favor. What a lovely surprise!

I waited for 25 minutes and Juli showed up, running. We hugged for a long time. How much we missed each other! We worked and lived together in Sao Paulo for 1 year; there was over 7 months without seeing each other.

We went by auto-riquishaw to her place. It is a tricycle with a cabin; very poor and funny. There are those who say that a riquishaw has its charm. We arrived in Juli’s place. It is a complex of buildings of 6 floors each. No lift.

The apartment is very sheltering. We stayed in the living room (which became my room for one night) talking and laughing a lot. I had to catch the flight to Delhi early in the morning, at 09:20 and Juli had to work; so we went to sleep.

I woke up by dozens of craws. I though very weird a craw be an urban bird. In India they are. We took another auto-riquishaw to the airport. By doing my check-in I was informed that my flight was delayed because of the “fog”. There was no fog but a dense pollution cloud: sooo much worse than Sao Paulo.

I’ve ended up getting to know 3 model girls that were waiting for the same flight, 2 Brazilians and one Russian. At least it was fun waiting for the next flight. We finally could board. In the plane, it was all about Bollywood.

Movies, series (like Sony e WBChannel), interviews, shows, awards, CDs... I tuned in a classical Indian radio and tried to sleep. Tried, because the airplane was very little and the Turkish guy besides me very annoying, we were bumping our elbows every time.

I arrived in Delhi and there it was the same pollution fog. My baggage was still safe. I said goodbye to the models and we changed contacts. I went out to the airport and this time there was 2 girls from AIESEC with a little sign: “Andre Maciel”. We introduced each other (of course I could not understand the names at the first time) e we went by car to the place I’ll work and live during this month.

In the next post I’ll introduce to you my temporary house and office…

6 comments:

Daniel Ottoni said...

faltou as fotos das modelos...rs...

td de bom aí...

abraço!

Van said...

Fala Gabiru!

Não pude comparecer as despedidas pois estava viajando... Mas tudo de bom ai meu caro... felicidades e principalmente muito sucesso...

Abs

Van said...

Fala Gabiru.

Muito bacana o blog meu velho...

Mals não ter comparecido às despedidas mas tudo de bom, felicidades e principalmente sucesso aí!

Abs

Gabi said...

Adorei o auto-riquixá! hehhehehe parece divertido =)

estou ansiosa pelo próximo post!!!!

bjuuuuuuuus

Gabi said...

ah! salvei seu blog no favoritos do meu pra não perder nenhum post do seu blog =) passa lá no meu depois ;)

bjus

chocolato said...

Hey Gabritu. Your stories sound so interesting ;) I can't just wait...:) I am going to link your blog to mine as well. waiting for more of your stories...and finally meet u in person:)